CONSONANZA
di por
Marco Righetti
Una volta superato il vetro
l’idolo casto del manufatto
reso al suo splendore:
il bambino che guarda
ne possiede già il verso,
le dita in comunione
non si feriscono
quando tentano la rima. *
CONSONÂNCIA
por
Marco Righetti
Uma volta superado o vidro
o casto ídolo do manufacto
vergado ao seu esplendor:
o menino que guarda
não possui já o verso,
dita-o em comunhão
não se ferindo
quando tentou a rima.
** POMERIGGIO D’ ESTATE
di Rosa Spera
Ondate d’arsura
inducono l’andare del giorno
verso crepuscoli inerti,
rugiade indolenti
stilla la fontana nel patio
dove un merlo spegne il suo canto.
Cantilene di vento
graffiano la stasi silente
permeata di quiete,
echi di grilli
si fondono a cicale stridenti
su velluti di sfingi.
Tra le foglie del gelso rituali di lontani respiri
rammentano voli di allodole,
inarrestabile avanza
uno strale irridente di lucciole
evocando frenesie che tormentano.
Un guizzo nel cuore
e come acqua arenata allo scoglio
ammaliata mi perdo,
debordo su argini di reminiscenze
e dolcezza di lacerazione
fluisce sul tramonto imminente.
Pomeriggio d’estate, proscenio di miti immolati
su altari di disincanto.
* TARDE DE VERÃO
por
Rosa Spera
Onda de secura
vestindo o andar do dia
verso inativo crepuscular,
indolente orvalho
liberta no pátio a fonte
onde um melro extingue o canto.
O cantar do vento
esboçando a noitinha silenciosa
preenchida de sossego,
ecos de grilos,
fundindo-se com a estridente cigarra
sobre os veludos das esfinges.
Entre a folha da amoreira
rituais de suspiros longínquos
remendando os voos da cotovia,
inesgotável distância
uma irridente senda do pirilampo
causando o frenesim que o aflige.
Um rebate no coração
e como água areada em escolho
paciente me perco,
refreio seu dique de reminiscência
e doçura de desfalecimento
flutua sobre o pôr-do-sol iminente.
Tarde de Verão
contexto de imolados meios
sobre o altar do desencanto.
Os meus links