ESPAÇO COLECTIVO ARTISTICO E CULTURAL - COORDENADO PELA POETISA AMÉRICA MIRANDA - E ONDE SE INSEREM AS CONTRIBUIÇÕES DE TODOS OS TERTULIANOS, TANTO EM VERSO COMO EM PROSA, COM O OBJECTIVO DE DIVULGAÇÃO E HOMENAGEM AO GRANDE POETA ELMANO SADINO !
Sábado, 8 de Abril de 2006
EDITORIAL BOCAGEANO - EM LOUVOR DE BOCAGE !
EDITORIAL
Manuel Maria de Barbosa du Bocage, que os íntimos chamavam de “Manuel Maria”, nasceu em 1765 e faleceu em 1805, atravessando uma época de transição do “pré-romantismo” para aquela designada “romântica”, era plena de conflitos e contradições. Dois mundos ideológicos em contraste e que pelos seus próprios conflitos reais, ninguém a poderia representar melhor.
Não é muito difícil reconstituir a vida daquele rapaz moreno, de olhar azul lindo, em fogo, com a sua cabeleira sempre descomposta pelo bulício da sua cabeça em agitação nervosa, de onde surgia toda a eloquência poética que arrebatava os amigos que o rodeavam.
Quando a sua veia era interrompida, o poeta esfregava a testa, beliscava o peito e o jorro tornava a rebentar. Era natural que a vida do Vate se deixasse arrebatar por vezes pela ventania de tantas emoções e que tanto efeito deveriam ter sobre a sua própria emotividade.
Manuel Maria de Barbosa du Bocage, o mestre incontestável do Soneto, o poeta irrequieto e sofredor, digno da admiração de toda a humanidade, mas infelizmente tantas vezes incompreendido. América Miranda
In O ARAUTO DE BOCAGE, Nº 99/100