ESPAÇO COLECTIVO ARTISTICO E CULTURAL - COORDENADO PELA POETISA AMÉRICA MIRANDA - E ONDE SE INSEREM AS CONTRIBUIÇÕES DE TODOS OS TERTULIANOS, TANTO EM VERSO COMO EM PROSA, COM O OBJECTIVO DE DIVULGAÇÃO E HOMENAGEM AO GRANDE POETA ELMANO SADINO !
Segunda-feira, 28 de Fevereiro de 2005
DAS COMEMORAÇÕES BOCAGEANAS - QUEIXAS DE LISBOA
INGRATIDÃO QUE BOCAGE NÃO MERECE
Por
Mª de Lourdes Agapito
Morreu Bocage em Lisboa, no dia 21 de Dezembro de 1805, no terceiro andar de uma casa modesta na Travessa de André Valente, 23 e 25, à Calçada do Combro.
Quem pensar que a avenida Barbosa du Bocage é uma homenagem ao Poeta, engana-se. A homenagem foi feita ao naturalista, zoólogo e político José Vicente Barbosa du Bocage ( 1823 1907 ), segundo primo de Bocage.
No Segundo Centenário da morte de BOCAGE, Lisboa ainda não prestou a devida e merecida HOMENAGEM A BOCAGE. Não há em Lisboa um monumento em honra do poeta, insigne mestre do Soneto. Antes pelo contrário nem depois de morto tem sorte e descanso.
Havia em Santo Amaro uma rua com o seu nome perto da rua Luís de Camões, Rua Jau, Rua Gil Vicente, Rua Sá de Miranda, etc. nomes que estavam bem em sua companhia. Incompreensivelmente foi retirado da toponímia da freguesia de Alcântara, para mais tarde ir para a área de Carnide. No seu lugar, está na rua de Bocage o nome de um pintor. Li, no Jornal Expresso, que a Câmara Municipal de Lisboa tem uma política definida de nunca mudar o nome das artérias ou das praças. Novos nomes só são atribuídos a ruas novas ou que ainda não tenham nomes.
Vem isto a propósito da Rua de São Bento ou Rua Amália ? Então como é ? Porque razão se mexe na rua de Bocage que estava lá, desde que me conheço?
Não será uma ingratidão, uma afronta para o poeta? Para os amigos, admiradores do poeta e para a própria história da Cultura Portuguesa ?
Mª de Lourdes Agapito