« BOCAGE DA T.V. » , NA IMPRENSA
"Boémio, sempre se sentiu ferido pelo amor. Mas, também, foi muitas vezes a flecha envenenada de Cupido no coração de tantas mulheres. Bocage foi, em finais do século XVIII, um marinheiro em busca de um porto seguro. Morreu cedo e nunca descobriu o seu destino. A série que agora podemos ver, realizada através da mão segura de Fernando Vendrell, consegue ser uma bela viagem à sua vida lisboeta depois de ter vindo de Macau e Goa. Por um lado ilustra claramente as características românticas da sua obra. Por outro, o seu terrível fascínio pelo sexo oposto. Mas há sempre um grande equilíbrio na forma como estes temas são apresentados, algo que nem sempre é fácil de fazer numa reconstituição histórica.
Poderia ser um filme dividido em oito capítulos. São, pelo contrário, episódios que se transformam num filme sobre um homem que irrompeu na sua época como um furacão. Para além da criatividade de quem escreveu esta adaptação e da realização, há também que destacar o labor dos actores. Miguel Guilherme é um excelso Bocage, algo que só está ao alcance dos melhores. Anabela Teixeira é radiosa. Margarida Marinho, Henrique Viana ou Fernando Luís demonstram a sua grande capacidade de representação. E há uma jovem actriz a reter: Diana Costa e Silva. Com todos estes ingredientes descortinamos uma das melhores séries de ficção televisiva dos últimos anos".
In CORREIO DA MANHÃ
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