ILÍDIO PEREIRA DE CARVALHO
( 1868 – 1925 )
Poeta e Guarda-Livros. Nasceu na Marinha Grande, a 6 de Dezembro de 1868, e faleceu na mesma vila a 9 de Março de 1925. Além de cantar a musa, como insigne poeta, foi músico apreciável. Exímio guitarrista. A par de versos sublimes que o dotaram como poeta talentoso, escreveu, igualmente, uma Revista que denominou "Coisas da Minha Terra" e que teve, na altura, enorme sucesso.
Tendo sido muito sabedor e enciclopédico no entanto nunca chegou a ver as suas obras editadas. Postumamente o seu filho, em colaboração com alguns amigos, editou em 1938 um livro, onde inseriu os seus melhores poemas. Foi justa e merecedora esta homenagem.
Ilídio de Carvalho era avô materno da Presidente e Fundadora da Tertúlia Poética “Ao Encontro de Bocage” – Maria América de Carvalho Alves Miranda ( América Miranda )
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CONTRASTE
A...
Como o som de harpa dolente
Que ao longe ecoa e fenece,
Como o sol no ocidente
Que no mar desaparece,
Como um canto de àvezinha
Que expira na solidão,
Como fôlha que à tardinha
Foi levada num tufão,
Ou como um ai que morreu...
Assim sou eu.
Como a linda madrugada
A raiar no oriente,
Ou como estranha balada
Que nos encanta, fremente,
Como rosa que aparece
Rainha do seu Jardim,
Singela como um jasmim,
Traz de amores o peito nu...
Assim és tu.
Eu sou treva - tu és luz;
Eu sombra - tu o matiz;
És aurora - eu ocidente;
Vivo triste e tu contente
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Ai! Deus te faça feliz!...
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Pesquisa em : Doc. da C. M. M. G.
«Personalidades Marinhenses»
Frassino Machado
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