ESPAÇO COLECTIVO ARTISTICO E CULTURAL - COORDENADO PELA POETISA AMÉRICA MIRANDA - E ONDE SE INSEREM AS CONTRIBUIÇÕES DE TODOS OS TERTULIANOS, TANTO EM VERSO COMO EM PROSA, COM O OBJECTIVO DE DIVULGAÇÃO E HOMENAGEM AO GRANDE POETA ELMANO SADINO !
Quarta-feira, 27 de Dezembro de 2006
NEM SÓ DE BOCAGE A COMPETÊNCIA - CAMILO PESSANHA
           
 
 
ESTRANHA NOSTALGIA
 
Por
Camilo Pessanha
 
Quem poluiu, quem rasgou os meus lençóis de linho,
onde esperei morrer – meus tam castos lençóis?
Do meu jardim exíguo os altos girassóis,
quem foi que os arrancou e lançou no caminho?
 
Quem quebrou (que furor cruel e simiesco!)
a mesa de eu cear, tábua tosca de pinho?
E me espalhou a lenha? E me entornou o vinho?
- Da minha vinha o vinho acidulado e fresco...
 
Ó minha pobre mãe!... Não te ergas mais da cova.
Olha a noite, olha o vento. Em ruína a casa nova.
Dos meus ossos o lume a extinguir-se breve.
 
Não venhas mais ao lar. Não vagabundes mais,
alma da minha mãe... não andes mais à neve,
de noite a mendigar às portas dos casais.
 
 
Camilo Pessanha
In CLÉPSIDRA


publicado por assismachado às 12:59
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EM LOUVOR DE BOCAGE - AMÉRICA MIRANDA
EDITORIAL BOCAGEANO
 
Bocage sentia-se feliz em poder escrever versos tirados do mais fundo de todo o seu ser. O seu íntimo não podia deixar de exteriorizar a intensa sentimentalidade libertária que lhe enchia a sua atormentada alma. Tudo isto contribuiu para a caluniosa perseguição que lhe foi movida por aqueles a quem desprezava, ao dar-lhes a aguda denominação de “Zoilos”. Vale a pena ler e viver os Sonetos onde paira a defesa da liberdade contra as mais variadas formas de despotismo ou tirania. O nosso Vate sempre soube que todos os seus sofrimentos eram sequela natural da atitude caluniadora dos seus inimigos da Academia, que lhe roubaram alguns dos seus melhores versos, para servirem de prova de delito diante de Pina Manique que pretendia entregá-lo à Inquisição.
A 21 de Dezembro de 1805, num dia estranhamente nebuloso, deixou o sofrimento terreno, um dos maiores Vates da humanidade – Manuel Maria de Barbosa du Bocage, o qual foi extremamente invejado e caluniado só por ter o dom maravilhoso de ser um génio.
 
América Miranda,
In O ARAUTO DE BOCAGE, 107/108 , Ano VIII


publicado por assismachado às 12:47
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Sábado, 23 de Dezembro de 2006
NATAL POR UM MUNDO MELHOR
 


MENSAGEM NATALÍCIA
DE
AMÉRICA MIRANDA


Com todo o meu coração, amizade e gratidão, desejo a todos os tertulianos e colaboradores de O ARAUTO DE BOCAGE, muita paz, um Santo Natal e um Novo Ano pleno de venturas, desejo extensivo a todos os familiares e amigos e ao Mundo inteiro. Que o Filho de Deus nos traga o Paraíso sonhado mas tão difícil de alcançar. Não percamos a fé num mundo melhor !

América Miranda



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Terça-feira, 19 de Dezembro de 2006
PASSA POR MIM NO NATAL !


NATAL DE LUZ


Casa branca suspensa no tempo...
Não se apaga da memória.

O ar tinha cheiro a sândalo da manhã.
A música distante...dos bailes egípcios lá fora.
Os perfumes da fruta estavam cá dentro...

Naquela altura
só via uma criança adormecida...
A paz
irradiava no seu rosto.

Sentada na pedra que dá para o poente...
Como s' alma
a escapar-lhe calmamente
pelos olhos aquosos cansados.

Quando sorri,
seus olhos multicolores...
É como se soltassem no ar
um discurso de milhares de pombas
ligeiramente avermelhadas
pela última Luz do crepúsculo!...

Um anjo afastou a pedra
em su' alma coração
guardou silêncio.

Como presépio aberto
no horizonte...
Ninguém se apercebe
de sua luz
do seu valor!...

Nessa invulgar magia...
O Amor!
Em cada fiozinho de luz
o Sol expandia
d' Alegria!



Conchita Machado
In MINHA VIDA É UM POEMA


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Sábado, 16 de Dezembro de 2006
TERTULIANOS PREMIADOS NO ESTRANGEIRO
Damos notícia em primeira mão à TERTÚLIA que dois dos nossos elementos foram premiados em Itália, no Concurso Poético «Pensieri in versi 2006». Foram eles a nossa Digníssima Presidente América Miranda e o professor Assis Machado.
Eis a notícia, na imprensa italiana, da classificação oficial :

Autori stranieri – Vincitori:

Segnalazione di merito : América Miranda, MINHA SAUDADE (Portugallo)

1º - Recchioni Patrick, POEME (Francia) ; 2º Frassino Machado, AS MÁSCARAS DO MUNDO (Portugallo); 3º Briere Annie, AUX REFUGIÉS DE RWANDA (Francia).

Premiazione : Svolgerà a Motta Camastra, in provincia di Messina, venerdi 5 gennaio 2007, alle ore 16.30 presso la duecentesca chiesa dell’ Annunziata.

Il Presidente del Premio
Angelo Manitta



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Terça-feira, 12 de Dezembro de 2006
CÂMARA MUNICIPAL DE LISBOA
Direcção Municipal da Cultura

Assunto: agradecimento de oferta de Publicação

Esta TERTÚLIA recebeu por escrito – na pessoa da sua Presidente – os agradecimentos pelo envio de alguns exemplares de “O Arauto de Bocage”. Eis o respectivo texto:

Exma. Senhora
Vimos com o presente agradecer a oferta da publicação cujo título é “O Arauto de Bocage”, que em muito veio enriquecer o nosso fundo documental.
Com os melhores cumprimentos,

Pel’ O Director Municipal de Cultura
( Rui M. Pereira )



publicado por assismachado às 21:36
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Segunda-feira, 11 de Dezembro de 2006
DE GRECCIO PARA O MUNDO I
           
Por
Frassino Machado

Inspirado nos Escritos de
Tomás de Celano,
Cronista da OFM

Precisamos de recordar com todo o respeito e admiração o que fez São Francisco de Assis, na vigília de Natal do ano da graça de 1223, no povoado de Greccio, evento que teve lugar três anos antes de sua gloriosa morte.
Havia nessa povoação um homem chamado João, de boa fama e vida ainda melhor, a quem São Francisco tinha especial amizade porque, sendo muito nobre e honrado em sua terra, desprezava a riqueza humana para seguir a nobreza de espírito.
Uns quinze dias antes do Natal, São Francisco mandara chamá-lo, como costumava, e disse: "Se tu quiseres que nós celebremos o Natal em Greccio, é bom começar a prepará-lo diligentemente e desde já a pensar no que vou dizer. Quero lembrar o menino que nasceu em Belém, as dificuldades que a família de Nazaré passou, como foi posto num presépio, e ver com os próprios olhos como ficou em cima da palha, entre o boi e o burro".
Ouvindo isso, o homem bom e fiel correu imediatamente a preparar diligentemente, com a ajuda de alguns amigos, o que o Santo tinha dito, no lugar indicado.
Aproximou-se o dia da festividade e da alegria e com ele o tempo da exultação.
De muitos outros lugares e povoações foram chamados os irmãos: homens e mulheres, novos e velhos, de acordo com suas posses. Todos prepararam cheios de alegria tochas e archotes para iluminar a noite que tinha iluminado todos os dias e anos com sua brilhante estrela. Por fim, chegou também o Santo e, vendo tudo de acordo com o que planeara, ficou contentíssimo.
Fizeram um presépio, trouxeram palha, um boi e um burro. Greccio tornou-se uma nova Belém, honrando a simplicidade, louvando a pobreza e recomendando a humildade. A noite ficou iluminada como o dia e estava deliciosa para os homens e para os animais. O povo foi chegando e alegrou-se com o mistério renovado nesta realidade tão oportuna e inovadora. O bosque ressoava com as vozes que ecoavam nos morros. Os frades cantavam, dando os devidos louvores ao Senhor e pela noite inteira todos conviveram e se rejubilaram.
O Santo parou diante do presépio e suspirou, cheio de devoção e de alegria.
A missa foi celebrada ali mesmo no presépio, tendo o sacerdote que a celebrou sentido uma piedade que jamais experimentara até então.
O Santo vestiu dalmática, porque era diácono, e cantou com voz sonora o santo Evangelho. De fato, era "uma voz forte, doce, clara e sonora", convidando a todos a cantar as alegrias eternas.
Depois pregou ao povo presente, afirmando com fé coisas maravilhosas sobre o nascimento do Rei pobre e sobre a pequena cidade de Belém. Muitas vezes, quando queria chamar Cristo a Jesus, chamava-o também com muito amor de "menino de Belém", e pronunciava a palavra "Belém" como o balido de uma ovelha, enchendo a boca com a voz e mais ainda com doce afeição. Também estalava a língua quando falava "menino de Belém" ou "Jesus", saboreando a doçura dessas palavras.
Multiplicaram-se nesse lugar as maravilhas do Todo-Poderoso. Aconteceu que um homem de virtude teve uma visão admirável. Pareceu-lhe ver deitado no presépio um bebé dormindo, que acordou quando o Santo chegou perto. E essa visão veio muito a propósito, porque o menino Jesus estava de facto dormindo no esquecimento de muitos corações, nos quais, por sua graça e por intermédio de São Francisco, ele ressuscitou e deixou a marca de sua lembrança.
Quando terminou a vigília solene, todos voltaram contentes para casa. Guardaram a palha usada no presépio para que o Senhor curasse os animais, da mesma maneira que tinha multiplicado Sua santa misericórdia. De facto, muitos animais que padeciam das mais diversas doenças naquela região comeram daquela palha e tiveram uma cura feliz.
Da mesma sorte, homens e mulheres conseguiram a cura das mais variadas e estranhas doenças.
O lugar do presépio foi consagrado a um templo do Senhor e no próprio lugar da manjedoura construíram um altar em honra de nosso pai Francisco e dedicaram uma igreja para que, onde os animais já tinham comido o feno, passassem os homens a se alimentar, para salvação do corpo e da alma, com a carne do cordeiro imaculado e não contaminado, Jesus Cristo Nosso Senhor que se ofereceu nascendo por nós, naquela Santa Noite, com todo o seu inefável amor...

Tomás de Celano
In Primeiro Livro (Fontes Franciscanas)

*
 
DE GRECCIO PARA O MUNDO II


O Povorelo de Assis de ânimo inspirado
tocado pela fé, nobreza e humildade,
sonhou fazer de Greccio universal cidade
modelando-a em fiel presépio ornamentado.

Cada caminho rude fez-se engalanado,
a floresta ganhou brandura e equidade,
Francisco, seus confrades, povo em unidade,
sentiram o Natal em clima apaixonado.

Uma pobre família ao vivo enfeitiçada,
uma terna criança em palhas ajeitada
e ali perto um jumento, a vaca e um sorriso...

Dizem ter sido este Natal aquele primeiro
que conseguiu virar o lobo num cordeiro,
mostrando ao já perdido mundo o Paraíso!


Frassino Machado
In ODISSEIA DA ALMA


publicado por assismachado às 21:46
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Domingo, 3 de Dezembro de 2006
ARY - O ETERNO INCONFORMADO !
O POETA A BANHOS


Por
Ary dos Santos


Adormeço nas fofas almofadas
recheadas das penas que sofri
bordadas a distância mas queimadas
em mais de mil cigarros que morri.

E para adormecer conto caladas
as palavras sem nexo que escrevi
cem de silêncio e mais de cem culpadas
por esta solidão em que me vi.

Mas quando acordo salto como um potro
o poeta estremunhado é sempre um outro
capaz de cavalgar um mundo novo.

E aprendo com o duche do futuro:
quanto mais banhos tomo estou mais puro
quanto mais noites passam sou mais povo.


publicado por assismachado às 23:20
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TERTÚLIA DOS TALENTOS
                                       
Salve, Elmano Sadino – egrégio poeta lusitano – por mais esta Tertúlia ao Teu Encontro! Dia 16 de Setembro, do Ano da graça de 2006, às 17 horas, no Auditório de Benfica.
Podemos dizer com propriedade que, sem menosprezar todas as anteriores Tertúlias, esta terá sido – na opinião de testemunhas fidedignas – uma das melhores senão a melhor das Tertúlias a ti dedicada. Salve, ó Bocage!
Eram já quase dezassete horas e quinze minutos. Com o interior do Auditório Carlos Paredes, bem repleto de público entusiasmado, a digníssima apresentadora e poetisa América Miranda deu início ao espectáculo. Estavam presentes algumas figuras gradas da freguesia de Benfica, nomeadamente o senhor Presidente da Junta, a directora do pelouro da Cultura, o animador cultural da Junta, o actor João de Carvalho, algumas outras individualidades e muitos artistas que deram, todos eles, o seu melhor para o brilho da Sessão.
Assim evoluíram no palco, todos eles chamados e apresentados por América Miranda, coadjuvada e apoiada pelo actor e primo João de Carvalho.
Abriu a sessão a cantora Vânia Serrano que, não obstante a sua juventude, se exibiu em karaoque com elevada qualidade, que o público bem sublinhou.
Disseram poesia, a seguir, Celeste Reis, Frassino Machado e Amélia Marques que, com talento, dignificaram e louvaram o poeta Sadino.
Foi chamado, de seguida, o actor Fernando Marinho que apresentou a contento uma pequena récita que o público aplaudiu gostosamente.
Seguidamente tiveram lugar uns momentos de fado nos quais, com acompanhamento de um guitarrista e de um viola de baixo, se exibiram os fadistas Mário Rodrigues, Flora Silva e Esmeraldo Sampaio. O público gostou da sua alta competência e aplaudiu com esmero.
Dentro desta dinâmica entraram seguidamente os poetas Lobo Mata e América Miranda os quais, não deixando seus méritos por mãos alheias, tiveram excelente actuação tendo sido muito aplaudidos.
Chegou mais um momento musical da responsabilidade do professor Ângelo Rodrigues que, à viola, acompanhou com mestria a também jovem cantora Carla que interpretou duas áreas românticas de excelente qualidade que foram muito apreciadas.
Seguiu-se mais um momento de ambiente poético pelas actuações dos tertulianos Graciett Vaz, Lourdes Agapito , Perpétua Matias e Domingos Vaz. Todos eles conseguiram dignificar com empenho o Vate Sadino. O público apreciou o seu desempenho.
Foi então chamado ao palco o cantor Francisco de Assis que, acompanhando-se à viola portuguesa, interpretou a contento duas canções de sua autoria que o público apreciou e aplaudiu.
Também, em seguida, subiram ao palco as poetisas Eugénia Chaveiro e Helena Bandeira e o poeta Fernando Marinho que, com todo o entusiasmo, exaltaram as virtualidades da arte poética, tendo sido bastante aplaudidos.
Para finalizar subiram ao palco a cantora Anabela Faria e o animador Mário Valejo que, com muita mestria, representou perante o público a figura poética e humana de Bocage, tendo o público delirado com esta surpresa.
Encerrou a Sessão América Miranda que enalteceu e agradeceu as actuações de todos, destacando com agrado todo o talento exibido. Da mesma forma agradeceu ao público o seu empenho, atenção e participação, deixando um voto a todos de que continuem a aparecer nestas Tertúlias para enriquecimento de todos.

Crónica de
Assis Machado


publicado por assismachado às 22:53
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A TRIBUNA DOS POETAS - MARIA CELESTE REIS E AMÉLIA MARQUES
UM VISLUMBRE DE FELICIDADE

Por
Maria Celeste Reis

Não sei o que tens no olhar
n’ ele o céu eu posso ver
e se às vezes me faz penar
também muito me faz viver.

Quase divinos são os momentos
eu nem consigo explicar.
Só tu apagas os tormentos
quando comigo vens falar.

Torna-se difícil raciocinar
meu olhar fica parado,
só o coração começa a saltar
ao ver-te assim apaixonado.

Sou uma força da natureza
nada me consegue vergar
mas, perto de ti, tenho a certeza
não sei como hei-de escapar...

Tu és tudo quanto me falta
que se quer e não alcança,
vives na região mais alta
à esquina da minha esperança.

O mundo até parece louco
ao acusar-me de leviandade,
porque eu só espero um pouco
um vislumbra de Felicidade!


*

QUADRAS SOLTAS

Por
Amélia Marques

Há sempre um amor que vem
para a sombra do salgueiro,
sem o olhar de ninguém
p’ ra aquele beijo primeiro.

Há sempre um amor que vem,
embora seja tardio,
ao encontro do seu bem
à sombra da margem rio.

O amor não tem idade,
vem quando menos se espera,
o grande amor de verdade
não vem só na Primavera.

Mas se, por fatalidade,
o nosso amor nos faltar,
o desgosto e a saudade
não nos deixam mais amar.

Eu vivo tão só, tão só,
pensando bem eu não vivo,
ouço o som da tua voz
do nosso amor tão vivido.

**



publicado por assismachado às 18:36
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