Machado de Assis (1839 - 1908)
IMAGEM – MEMÓRIA
A Machado de Assis, a minha homenagem
Cada poema pertence ao seu autor
Cada obra pertence ao passado,
Em policromia de emoção e cor,
Cujo génio fica eternizado…
Pela força de alcançar o eterno
Circula a semente deixada
Fecundada em noites de inverno
Na curva nunca ultrapassada.
Imagem-memória presente
Como a música de um violino pausada
Palavras nascidas da mente
Para uma obra iluminada
O fundo da sabedoria existe
Ressurgindo da mortalha, a expressão
Da sensibilidade fértil que resiste
À obra escrita com a tinta do coração.
Maria de Lourdes Agapito
*
NÃO VENHAS TARDE
Meu amor, não venhas tarde
Sabes bem, estou à espera
Vem matar-me a saudade
Quem espera desespera.
O meu jardim está lindo
Cercado de cravos brancos
Onde o meu amor passeia
Domingos e dias santos.
A ribeira de Odemira
Tão linda como “loendrais”
Já fui lavar à ribeira
Na “companha” de outras mais.
Não sei se vens ou não vens
Isto são ideias minhas
Sabes que espero por ti
Para apanhar as camarinhas.
A minha saia tem roda
A tua nem roda tem
A minha saia é mais bonita
Porque a fez minha mãe.
Perpétua Matias
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