EDITORIAL BOCAGEANO
A maior parte do povo português cita Bocage quando se trata de um dito fresco ou de uma anedota picaresca.
O colossal improvisador, o supremo sonetista entre nacionais e estrangeiros, o vate genial, tão grande como Luis de Camões, com o qual Garrett e outros autores estabelecem o paralelo, não obstante foi conhecido por esse povo com a mais terrível imperfeição e injustiça.
Na vida deste poeta , que nasceu a 15 de Setembro de 1765, houve lutas morais incessantes, grandes desventuras e por fim uma paixão cruciante, porque a união com a mulher que amou verdadeira e apaixonadamente foi impedida pela doença que lhe deu uma prematura morte. O terrível aneurisma não lhe permitiu realizar tão sonhada ventura e os anos de luta, em que a doença o impelia para a morte e o amor o solicitava para a vida, marcam essa última fase da sua movimentada existência como uma subida ao calvário.
O nosso patrono teve um final de vida trágico e pungente, tremenda injustiça para um génio imortal como ele – O Grande Bocage !
América Miranda
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