SALVE, MENINA E MOÇA
Por
José Branquinho
Salve, menina e moça, meu encanto neste mundo!
A graça feita mulher, qual flor do meu jardim.
Luar de prata neste rio em que me inundo...
Verso renovado de inspiração sem fim.
Em ti me inspiro. Por ti choro e canto.
Sou melhor poeta a escrever por ti.
Ah, como te quero! Como vives em meu canto!
Nunca, por alguém, tanto querer senti.
Deusa que pus no altar que idealizei.
Reúnes em ti encantamento que dá vida.
A tua imagem com ternura ali guardei...
Morrerei sem te ter, musa querida!
Anos sem fim, ansioso, andei sonhando.
Rezei por um ideal que hoje encontrei.
Ideal mulher, por ti sou feliz, cantando...
A ti, e só a ti, meus versos consagrei!
*
VIAGENS DE IDA E REGRESSO
Por
Helena Bandeira
Não há finais. Também não há começos...
Não há algo a partir ou a chegar...
Apenas etapas ou metas a alcançar,
além de atropelos, choques e tropeços.
Vários atropelos, choques e recomeços,
enquanto vivos por aqui andamos...
E sofrendo e amando nos quedamos
numa ignota espera doutros regressos.
Não há “nascer”... menos ainda o seu inverso...
“morrer” é palavra feia, fria e até sem nexo!
Falemos somente de caminho no sentido inverso...
De muitas e várias viagens de circuito complexo,
de muitas e diversas viagens de ida e regresso,
que, apesar de o parecer, nada têm de desconexo!
* *
Os meus links