ESPAÇO COLECTIVO ARTISTICO E CULTURAL - COORDENADO PELA POETISA AMÉRICA MIRANDA - E ONDE SE INSEREM AS CONTRIBUIÇÕES DE TODOS OS TERTULIANOS, TANTO EM VERSO COMO EM PROSA, COM O OBJECTIVO DE DIVULGAÇÃO E HOMENAGEM AO GRANDE POETA ELMANO SADINO !
Terça-feira, 17 de Abril de 2007
COLUMBANO - UM PINTOR PARA A ETERNIDADE

« AINDA E SEMPRE ... COLUMBANO »
Por
António Carvalho
No ano de 1979 (6 de Novembro), completaram-se cinquenta anos sobre a morte de Columbano, um dos maiores cultores da pintura portuguesa dos últimos séculos.
Para grande parte do público dos primeiros vinte e oito anos do século transacto, este nome foi dos mais discutidos, admirados, acarinhados e criticados. Columbano era, pois, um caso que apaixonou não só os coleccionadores como os críticos e, igualmente, os simples visitantes das suas Exposições lisboetas... e não só. Quero destacar, sobre este autor de génio, apenas isto: que morreu pobre mesmo depois de ter doado ao Estado a maior parte da sua fortuna e da sua excelsa obra.
Para ilustrar o que afirmei quero aqui destacar o que veio a público In «O Século», 6 de Fevereiro de 1930:
“Columbano foi, como poucos, um benemérito da Pátria. É preciso que se diga isto, para que a sua abnegação seja bem compreendida. Exagero, haverá quem afirme. Engano. Vivemos num país de tão fraca cultura estética, que nos assiste a obrigação de exaltar tudo aquilo que concorra para que não se cristalize na situação actual. O povo português precisa de que o ensinem a sentir a beleza eterna. Tem necessidade de que o conduzam cada vez mais à admiração dos génios quer souberam dignificá-lo. A doação de Columbano ao Estado – concordemos todos ou não – constituiu uma lição incomparável.
Acrescentarei, para finalizar, que – malgrado as injustiças nacionais a que tem sido submetido desde sempre – todavia o seu estro continuará esvoaçando indelevelmente sobre as consciências de todos nós cidadãos, não fora ele, como sabemos, o carismático pintor que engendrou a Bandeira da Pátria!