SEMPRE A LUTAR
No rescaldo de um sentimento, que julgamos ser amor, aprende-se lentamente a lidar com a vida, a combater as suas fatalidades e a distinguirmos a diferença dos sentimentos que nem sempre conseguimos entender.
Vê-se o ser humano com outros olhos e aprendemos a lidar com os nossos semelhantes com uma certa diplomacia, a que sou adversa, pois ela é sinónimo de cinismo.
Quando desejo ardentemente uma coisa eu luto por ela, mas se deixo de a desejar deixo-a indiferentemente escapar-me das mãos. A minha primavera da vida foi plenamente preenchida de mimosas flores, o meu outono já mais triste, teve caudal de lágrimas como folhas caídas das árvores que também choram. Todavia sinto-me quase realizada, embora a minha natural inconstância, não me deixe saber bem o que quero. Mas, quando ao raiar da aurora, meus olhos saúdam o Firmamento, eu sinto uma força vulcânica que me dita o que fazer e como fazer e vou conseguindo afinal tudo aquilo que ansiosamente pretendo.
Tenho levado uma vida inteira a lutar com muita garra, sem esmorecimento e ás vezes não sei porque luto , sei apenas que gosto de vencer as vicissitudes que a vida me apresenta.
E luto por um mundo melhor, luto por aquilo em que acredito, luto para encontrar algo que não existe senão na minha imaginação e luto porque sem luta não saberia viver.
América Miranda
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