UM VISLUMBRE DE FELICIDADE
Por
Maria Celeste Reis
Não sei o que tens no olhar
n’ ele o céu eu posso ver
e se às vezes me faz penar
também muito me faz viver.
Quase divinos são os momentos
eu nem consigo explicar.
Só tu apagas os tormentos
quando comigo vens falar.
Torna-se difícil raciocinar
meu olhar fica parado,
só o coração começa a saltar
ao ver-te assim apaixonado.
Sou uma força da natureza
nada me consegue vergar
mas, perto de ti, tenho a certeza
não sei como hei-de escapar...
Tu és tudo quanto me falta
que se quer e não alcança,
vives na região mais alta
à esquina da minha esperança.
O mundo até parece louco
ao acusar-me de leviandade,
porque eu só espero um pouco
um vislumbra de Felicidade!
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QUADRAS SOLTAS
Por
Amélia Marques
Há sempre um amor que vem
para a sombra do salgueiro,
sem o olhar de ninguém
p’ ra aquele beijo primeiro.
Há sempre um amor que vem,
embora seja tardio,
ao encontro do seu bem
à sombra da margem rio.
O amor não tem idade,
vem quando menos se espera,
o grande amor de verdade
não vem só na Primavera.
Mas se, por fatalidade,
o nosso amor nos faltar,
o desgosto e a saudade
não nos deixam mais amar.
Eu vivo tão só, tão só,
pensando bem eu não vivo,
ouço o som da tua voz
do nosso amor tão vivido.
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